Uma longa-metragem documental realizada por
PABLO GARCÍA PÉREZ DE LARA e MARC SERENA
DOBLE BANDA presenta TCHINDAS com TCHINDA ANDRADE, EDINHA PITANGA e ELVIS TOLENTINO produção executiva YOLANDA OLMOS e MARC SERENA realização PABLO GARCÍA e MARC SERENA fotografia PABLO GARCÍA som direto MARC SERENA montagem PABLO GARCÍA desenho de som e mixagem VERÒNICA FONT pós-produção e produção associada ZOCO SERVEIS AUDIOVISUALS cartaz e imagem gráfica BENDITA GLORIA com a participação FORA DE QUADRE com o apoio de AJUNTAMENT DE BARCELONA e CONSELL NACIONAL DE JOVENTUT DE CATALUNYA
© uma produção de DOBLE BANDA
Tchinda Andrade é hoje uma das mulheres mais amadas da ilha de São Vicente, em Cabo Verde. Esta notabiliza-se sobretudo a partir de 1998, ano em que decide sair do armário, assumindo-se como trans a um semanário local. O seu nome torna-se então na forma como as pessoas queer passam a ser designadas no seu país.
Tchinda tem agora 35 anos e vive de forma humilde, a vender coxinhas pelo seu bairro. Durante todo o ano, reina a calma, mas tudo muda quando chega o Carnaval. No mês que o antecede, toda a ilha se põe a trabalhar para do nada criar algo verdadeiramente deslumbrante.
São Vicente torna-se um “pequeno Brasil”, como já descreveu Cesária Évora (1941-2011) numa morna incontornável. A sua música e as tchindas guiam-nos numa viagem fascinante a um recanto desconhecido de uma África que poucas pessoas podem imaginar.
Rodado em Mindelo, na ilha de São Vicente (Cabo Verde)
94 minutos
Língua: crioulo cabo-verdiano
2015
«Cabo Verde é um país independente de Portugal desde 1975, conhecido em todo o mundo pela sua cantora mais internacional, Cesária Évora. As sus músicas são cantadas em crioulo cabo-verdiano, uma língua com um milhão de falantes.
Em 2011, visitei Cesária na sua casa, junto com Tchinda e Edinha, e conversámos bastante. Lembro-me perfeitamente de quando ela me disse: “Tem de voltar para ver o Carnaval, é o melhor da África”. Morreu 36 horas depois eu tornei-me no último jornalista do mundo a falar com Cesária. Portanto, levei muito a sério as palavras que ela me disse e voltei mesmo à ilha… para rodar este documentário».
«Em São Vicente, o ano começa e acaba no Carnaval. É impressionante a forma como esta festa se tornou no centro da vida das pessoas. Queremos contar isso num filme que é sensível, poético e uma celebração final.
Utilizamos nele algumas palavras locais de tradução difícil, como: “sodade” (a saudade, amiúde considerada positiva), “morabeza” (a hospitalidade) e, obviamente, “tchindas”, uma palavra que serve para compreender que São Vicente é, com certeza, uma exceção, pelo respeito que lá recebem as pessoas trans. Esta é uma história desconhecida que vem de África, e toda a sua gente deveria sentir orgulho nela».
PABLO GARCÍA PÉREZ DE LARA (Barcelona, 1970) realizou duas longa-metragens: Fuente Álamo, la caricia del tiempo (2001), selecionada para o Karlovy Vary, e Bolboreta, papallona, mariposa (2007), na seção oficial de Karlovy Vary e em San Sebastián. A curta Alicia retratada (2002) foi selecionada para a Semaine de la critique de Cannes. Para a televisão, realizou os documentários Son de Galicia (2006) e Mura, un pueblo de cine (2010). Já trabalhou numa dúzia de produções, principalmente como diretor de fotografia: entre outros, Familystrip (2009), de Luis Miñarro, e El efecto K: el montador de Stalin (2012), de Valentí Figueres, selecionadas para sessenta festivais.
MARC SERENA (Barcelona, 1983) é jornalista e esta é trabalha habitualmente como guionista de rádio e televisão. Publicou o livro ¡Esto no es africano! (2014), uma viagem de norte a sul do continente à procura de “amores proibidos”. Seu último documentário é O escritor de um país sem livrarias (2019).
YOLANDA OLMOS (Barcelona, 1966) trabalha na Doble Banda como produtora e realizadora. Desde 2001, produziu dezasseis longa-metragens, especialmente documentários.
Cartaz e design
BENDITA GLORIA
Fotos da equipa
FLARE ESTUDI
“Real, vivo e tenro”
THE HOLLYWOOD REPORTER
“Apaixonante”
FRONTIERS MEDIA
“Imperdível”
VOGUE PORTUGAL
“Revela-nos uma África contracorrente”
MÁQUINA DE ESCREVER
“Íntimo e magistral”
OUTFEST LOS ANGELES
“O amor que inspiram é evidente”
CNN
“Um rico retrato da cultura cabo-verdiana”
JOVEMTUDO
“Não é a nossa heroína típica das palavras longas”
DEZANOVE
“A vida quotidiana nem sempre é fácil,
mas o amor pela arte faz relativizar tudo”
76 CRIMES
“A primeira que deu a cara para bater. Mesmo esbofeteada
por palavras e gestos cruéis, continua sempre dura e firme”
EU MAIS ÁFRICA
Universidad de la Laguna (Espanha)
Alliance Française de Mindelo (Cabo Verde)